quinta-feira, março 24, 2011

Eu nem sei o que é um TABLET!




Eu lia gibi. Na verdade, eu era viciada em! Os da Turma da Mônica, especialmente. Vez ou outra a Luluzinha, junto com o Bolinha, entravam em minha casa, mas Cebolinha, Chico Bento e o nada trivial, Horácio, me protegiam de qualquer catástrofe, enquanto estivessem sob meus olhos curiosos e atentos.


Érico Veríssimo, sucedendo ao Maurício de Souza, foi o meu primeiro grande autor. Saber sobre A Vida do Elefante Basílio, acreditar num Urso que tinha Música na Barriga e viajar nas Aventuras do Avião Vermelho... Ah, infância saudável/saudosa...


Os livros “mais sérios” vieram logo em seguida... Meu Pé de Laranja Lima e O Menino do Dedo Verde, Zezé e Tistu, respectivamente, personificavam o meu desejo (in)consciente de realizações. Era fácil ser feliz. Bastava se entregar a uma árvore ou ter um dedo verde... Eu acreditava nisso!!!


Vieram os livros de cabeceira...O atual ainda é, aliás, faz tempo que é A Menina Que Roubava Livros. Ironia de título! Tsc tsc tsc


Na área jurídica, bom... Prefiro não me pronunciar. Mas eram livros também (risos, muitos, de desdém!).


No entanto, tenho ouvido murmúrios de que, num futuro mesmo que não tão próximo, o cheiro D E L I C I O S O dos livros novos e de suas páginas sedentas de degustação, deixará de ser sentido. E os velhinhos na estante, que injusto!!! Não servirão mais para nada. Minhas hooooooras de lazer envolta na bagunça perfeita e obrigatória dos sebos se tornarão, de verdade, um programa de índio tupi.


Meu fio de esperança de que nunca, jamais, em tempo algum, os livros DE VERDADE vão acabar, reside lá na Idade Antiga... Alexandria e sua biblioteca, destruída pelo fogo e reconstruída há alguns anos atrás. Um acervo de livros raros, manuscritos e periódicos, em plena era digital? Vou me mudar para o Egito!!!!



Se por acaso a leitura virtual me permitir saborear páginas amareladas, grudadas e ressecadas, incluindo meu marca texto, companheiro verde e inseparável e, lógico, se for possível a manutenção de minha ansiedade segurando a página seguinte, antes de terminar a anterior... Bom, daí eu vou me render aos cobiçadíssimos livros dessa nova era.


Tomara que antes da invasão quase silenciosa de tudo que termine com “ponto com”, as antigas gerações, leia-se “os novos analfabetos”, possam usufruir os cerca de 131 milhões de livros palpáveis existentes no mundo!

3 comentários:

  1. Parece que os jornais, os telefones fixos, as lojas de discos, enfim, estão mesmo no corredor da morte. Muito em breve já poderemos ser testemunhas desses "óbitos". Mas, os livros? Realmente será uma perda irreparável! Alguns prazeres são muito peculiares como o exemplo citado por você "a ansiedade segurando a página seguinte, antes de terminar a anterior". E como lidar? Talvez adotando o programa de índio tupi...rs

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  2. Oi Gê! Não sabia do seu blog também! Está "Favoritado"!
    Sobre os livros... Acho que ainda não corremos este risco. Adoro tecnologia e queria um tablet. Mas jamais trocaria o virar das minhas folhas reais pelas virtuais!!!
    Beijos!

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  3. hmmm, nao que os livros venham a acabar, mas nao tenho problemas com novas invencoes e novas tendencias, Como ultimamente tenho lido muitos livros em pdf e estudado muito atraves do computador, ja estou acostumado. Pense na parte boa, ao invés de carregarmos livros pesadissimos que nao cabem em uma mala, poderemos desfrutar de uma leitura aonde quer que se vá carregando apenas uns gramas de peso!

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